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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Semace resgata duas tartarugas ameaçadas de extinção em Paracuru


Duas tartarugas marinhas foram resgatadas pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), nesta terça feira (1), no litoral de Paracuru. As tartarugas, das espécies aruanã ou tartaruga verde (Chelonia mydas) e cabeçuda ou mestiça (Caretta caretta), foram abrigadas por populares, em barracas de praia, depois de encalharem na areia. O resgate só foi possível, porque moradores da comunidade comunicaram o encalhe, logo depois de avistarem a ocorrência.

Os fiscais da Semace levaram os animais para a unidade do Instituto Tamar, na praia de Almofala, em Itarema, onde serão examinados e tratados, antes de serem devolvidos ao mar. O motivo do encalhe também será investigado, já que o litoral cearense não é área de desova das espécies. Com os casos de Paracuru, subiu para cinco o número de tartarugas resgatadas pela Semace, este ano, no litoral do Ceará.

Os animais, encontrados com diferentes traumatismos e debilidades, sobreviveram, mas seguem sob os cuidados do Instituto Tamar. O número de resgate pode ser maior com a colaboração das comunidades litorâneas. No caso de ocorrência de encalhes de tartarugas e outros animais marinhos, a ocorrência deve ser avisado à Semace pelo telefone (85) 3254.3083 ou pelo e-mail atendimento.fauna@semace.ce.gov.br.

Ameaça de extinção

Segundo a Semace, as cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil continuam ameaçadas de extinção, de acordo com os critérios das listas brasileira e mundial de espécies ameaçadas. Quatro delas estão mais expostas à ação do homem e de predadores, porque realizam a desova no litoral, entre elas cabeçuda ou mestiça (Caretta caretta).

Mas, além dos predadores naturais, as ações do homem estão entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas, destacando-se: a pesca incidental, ao longo de toda a costa, com redes de espera, e em alto mar, com anzóis e redes de deriva; a fotopoluição; o trânsito de veículos nas praias de desova; a destruição do habitat para desova pela ocupação desordenada do litoral; a poluição dos oceanos e o aquecimento global.

Por Alberto Perdigão da Ascom da Semace

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