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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Implantação de complexo eólico em Ibiapina e Ubajara é debatido em audiências públicas

O Complexo Eólico Bons Ventos da Serra 2 teve seu projeto e estudo ambiental apresentados em audiências públicas realizadas nos dias 16 e 17 de abril, em Ibiapina e Ubajara, respectivamente. O empreendimento está sendo licenciado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), que, na ocasião, presidiu os trabalhos através do Núcleo de Impacto Ambiental (Nuiam). A empresa Geradora Eólica Bons Ventos Da Serra 2 S.A., responsável pelo negócio, está pleiteando a concessão da licença de instalação para dar início às obras.

De acordo com o projeto apresentado, a capacidade total instalada para geração de energia do complexo é de 90.3 megawatts (MW). Segundo Maricy Costa, gerente de projetos do grupo Servitec – um dos sócios na empresa, essa produção é capaz de atender a demanda energética de uma cidade com um milhão de habitantes.

O empreendimento será composto por 43 aerogeradores, divididos em cinco centrais geradoras eólicas, sendo duas no território de Ibiapina e três em Ubajara. O custo total do complexo está orçado em 390 milhões de reais, com uma estimativa de 16 meses de duração das obras. Deverão ser gerados 215 empregos diretos na fase de implantação e três vezes mais indiretos.

Segundo o estudo ambiental da obra, apresentado pela analista ambiental da Geoconsult, Valéria Trece, os impactos negativos de uma atividade deste tipo e porte devem se concentrar, em sua maioria, na fase de construção, devido ao tráfego intenso de grande máquinas, parte estrutural, de logística e de intervenções no meio ambiente. Contudo, para minimizar e mitigar esses transtornos, Trece citou uma gama de planos de controle e monitoramento ambiental que devem ser colocados em prática, tanto na fase de implantação quanto de operação do complexo.

Dos 581 hectares que fazem parte do território arrendado pela empresa, apenas 110 devem ser utilizados de maneira efetiva. Estão sob a área de influência direta do empreendimento os sítios Tucuns, Vila Marques, Cachoeira do Boi Morto e Porteiras, no município de Ubajara, e Cacimbas, em Ibiapina. Residem nessas cinco comunidades 531 famílias.

O supervisor do Nuiam da Semace, Wilker Sales, classificou as audiências como válidas para fins de licenciamento ambiental. As reuniões ocorreram nas Câmaras de Vereadores dos municípios e contaram com a presença de populares, representantes das administrações públicas locais, movimentos sociais e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Vistoria

A equipe multidisciplinar da Semace que está responsável pela análise do estudo ambiental marcou presença nas duas audiências e aproveitou a ocasião para realizar uma inspeção na área do empreendimento. Na oportunidade, foram avaliados os aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos que podem ser afetados com a possível implantação do complexo.

Após a conclusão da análise do estudo, de posse do que foi constatado na vistoria e dos questionamentos levantados nas audiências, a equipe emitirá um parecer técnico, que será encaminhado ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) para apreciação e deliberação a cerca da emissão da licença de instalação do empreendimento.

Fonte: Ascom da Semace

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